As melhores novas são que, uma vez que a criança foi ferida por negligência e falhas no aprendizado, nós podemos aprender a atender as carências da criança, como adultos. Podemos desenvolver aptidões em todas as áreas da interação humana; não se trata de desaprender, mas de aprender coisas pela primeira vez.
Kip Flock
Para a maior parte dos que têm uma criança interior
ferida, existem ainda grandes áreas onde a falta dessas aptidões de
desenvolvimento provoca muita dor e desconforto.
Muitos adultos crianças não sabem que seu comportamento abortivo
é devido a falhas de aprendizagem. Continuam a culpar e envergonhar a si mesmos
pelos fracassos e falhas de caráter.
As contaminações comportamentais provocadas pela criança
interior são, na verdade, os modos de sobrevivência que ela aprendeu.
O psiquiatra Timmen Cermak compara esses comportamentos
de sobrevivência às características do estresse pós-traumático.
Os soldados no campo de batalha e outras pessoas que
sofrem eventos traumáticos precisam usar todos os seus recursos para sobreviver.
Não têm tempo para expressar seus sentimentos, o que é necessário para integrar
o trauma. Mais tarde, o sentimento doloroso não resolvido manifesta-se por meio
de crises de ansiedade, excesso de controle, lapsos de memória, depressão, regressão
na idade e supervigilância. Essas são as características associadas aos
transtornos do estresse pós-traumático (TEPT). Se eu escrevesse aqui a lista
completa desses distúrbios, veríamos o quanto eles se parecem com as
contaminações provocadas pela criança interior.
Na infância precisamos ter segurança suficiente para
apenas ser. A maioria das crianças interiores feridas aprendeu que não era certo
apenas ser — que só podemos ser importantes e ter significado se fizermos
alguma coisa. Isso leva à perda da noção do EU SOU.
Agora precisamos aprender a não fazer coisa alguma e
apenas ser.
John Bradshaw
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