Uma das qualidades da Maturidade Espiritual é a de abraçar os opostos, a capacidade de aceitar no coração as contradições da vida.
Quando somos crianças, vemos
nossos pais como totalmente bons, quando nos proporcionam aquilo que queremos;
ou totalmente maus, se frustram nossos desejos e não agem como gostaríamos que
agissem.
Um grande desenvolvimento da
consciência das crianças irá, por fim, ajudá-las a ver seus pais com clareza e
a compreender que dentro de uma mesma pessoa existe tanto o bem quanto o mal,
tanto o amor como a raiva, tanto a generosidade quanto o medo.
Um desenvolvimento parecido
ocorre à medida que amadurecemos na prática espiritual.
Deixamos de buscar pais
perfeitos, mestres ou gurus perfeitamente sábios; deixamos de tentar encontrar
aquilo que é totalmente bom em oposição ao que é totalmente mau; deixamos de
separar a vítima do ofensor.
Começamos a compreender que
cada aspecto contém o seu oposto.
À medida que amadurecemos na
vida espiritual, sentimo-nos mais à vontade com o paradoxo e aprendemos a
apreciar as ambigüidades da vida, seus diversos níveis e os conflitos que lhe
são inerentes. Desenvolvemos a percepção da ironia, da metáfora e do humor da
vida, bem como a capacidade de envolver
a totalidade, com sua beleza e seus horrores, na graça do nosso coração.
Um Caminho com o Coração
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