AMOR CONJUGAL
Minhas primeiras crenças sobre o amor como algo natural e fácil
foram rapidamente desfeitas pelo casamento. Em retrospectiva , está claro para
mim que a minha própria decisão de me casar produto da mistificação. Estar
apaixonado me deixou vulnerável ao meu falso papel de Protetor, e à necessidade
de agradar que o acompanhava. Quanto mais me envolvi no relacionamento, mais senti a pressão para
me casar. O fato de se poder amar alguém eroticamente num compromisso de longo
tempo e escolher não se casar não fazia parte do meu sistema de crenças.
Quando me casei, achei que sabia um bocado sobre amor e
intimidade. Eu estava dando cursos de comunicação para casais e sobre como
aumentar a intimidade. Desde cedo me refugiei na minha cabeça como maneira de
evitar minha dor não resolvida. Saber tudo sobre o amor e a intimidade me dava
a crença iludida de que eu poderia ser íntimo.
Mas eu não sabia nada sobre a necessidade de minha criança
interior mistificada de trabalhar seus relacionamento-fonte originais. E eu não
tinha idéia de que via na minha esposa uma mãe protetora que cuidaria da minhas
necessidades infantis sem me engolfar.
No final do meu primeiro ano de casamento, comecei a sentir
um tipo de neutralidade sexual. Passei do apaixonado desejo sexual da
conquista a um tipo de sensualidade
assexuada, sentindo-se confortável em abraçar e beijar, mas sentindo medo se
fosse além disso. Isso era muito confuso para mim e minha esposa. Eu me
concentrei na nossa amizade, na nossa parceria de pais e no nosso relacionamento
de trabalho como sinais mais significativos da intimidade conjugal. Com o
passar dos anos, lentamente varri todos os desejos sexuais para debaixo do
tapete. Vivia num estado de ilusão, que é a negação sincera.
Mais tarde, descobri que havia um nome para o que eu estava
experimentando, que alguns clínicos acreditam ser o problema sexual mais comum
no casamento. Chama-se "desordem do desejo" e é produto da disfunção
familiar.
A desordem do desejo não é uma disfunção da performance
sexual; tampouco se relaciona com a atração sexual que se sinta pelo parceiro
ou o amor que se tenha por ele/ela. É um tipo de apatia erótica que se instala, se viemos de famílias em que
a expressão sexual era severamente inibida ou em que tenhamos sido ligados a
uma figura fonte com questões sexuais não resolvidas.
Quando pessoas se casam, elas recriam os sentimentos e
comportamentos que viram modelados por suas figuras fonte. Se a sexualidade
nunca foi expressa na família de uma das
pessoas, parecerá pouco familiar expressá-la uma vez que se tenha casado e
começado sua própria família. Este pe um fator comum na desordem do desejo.
Para mim, ser marido substituto da minha mãe me colocava
numa dinâmica mais inconsciente. Na infância, assumir o papel adulto do companheiro da minha mãe
era excessivamente estimulante e assustador, de modo que reprimi minha própria
sexualidade. Quando me casei, minha repressão sexual e meu transe de
dissociação foram induzidos. A volta do transe coincidiu com a gravidez da
minha esposa e se intensificou depois que nosso filho nasceu. O casamento fez
de minha esposa mãe e de nós uma família, e, como fizera antes, na minha família de origem,
tranquei minha sexualidade.
A tragédia é que a maioria desses acontecimentos é
inconsciente. Os nossos modelos culturais de amor conjugal foram altamente
polarizados para o lado do idealismo.
As notícias de violência doméstica mostram a rapidez com que
a polarização idealizada do amor mistificado pode passar para o seu oposto
degradado. É um sinal de alerta do tremendo poder que está por trás do amor
conjugal, um poder que pode ser usado para criar o amor de alma plena ou para
nos empurrar para as profundezas da mistificação.
John Bradshaw - A Criação do Amor
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