Para realizar a vida espiritual, precisamos deixar de dividir nossa vida em compartimentos. Nossa vida é dividida em períodos de trabalho, de férias e de recreação. Separamos a vida profissional, a vida amorosa e a vida espiritual do tempo reservado ao corpo com esportes, exercícios e prazer. A sociedade à nossa volta reflete e exagera essa mesma compartimentação.
Temos igrejas reservadas ao sagrado e temos áreas
comerciais para o secular e o profano, separamos educação e vida familiar, os
interesses dos negócios e da geração de lucros estão divorciados dos interesses
da Terra e do meio ambiente, dos quais dependem.
O hábito de compartimentar a vida é tão forte que, seja
qual for a direção na qual estamos olhando, temos uma visão fragmentada dela.
A prática espiritual pode facilmente fazer persistir esse
padrão de fragmentação na nossa vida, sempre que estabelecemos divisões
definindo o que é sagrado e o que não é, sempre que chamamos certas posturas,
práticas, técnicas, locais, preces e frases de “espirituais” e deixamos de fora
o resto daquilo que somos. Podemos compartimentar até mesmo nossa vida mais
íntima.
Às vezes, no entanto, a linguagem e as metáforas
espirituais não possuem essa totalidade e vêm reforçar nossos compartimentos e
equívocos sobre o que é e o que não é espiritual. Ouvimos falar sobre
transcender nosso ego ou procurar
alcançar a pureza e os estados divinos além do desejo, além do corpo,
aprendemos que iluminação é alcançada através da renuncia, acreditamos que ela
está em algum lugar além de nós mesmos, fora de nós mesmos.
Infelizmente, a noção de alcançar uma morada pura e
divina ajusta-se muito bem a quaisquer tendências neuróticas, medrosas ou
idealistas que possamos ter. Considerando-nos impuros, indignos ou sem valor, podemos
usar as práticas espirituais e as noções de pureza para escapar de nós mesmos.
Seguindo rigidamente preceitos e formas espirituais, talvez esperemos criar uma
identidade espiritual pura.
Para a maioria de nós que sofremos traumas e grande dor
na vida, a prática espiritual talvez pareça oferecer uma saída, um modo de
abandonar completamente os nossos problemas com esse corpo e mente, de escapar
à dor da nossa história e à solidão da nossa existência. Quanto mais
glorificada a visão espiritual, mais ela se adapta àqueles dentre nós que não
querem mesmo estar aqui.
Muitos discípulos espirituais procuram a espiritualidade
para oferecer a si próprios uma saída. Mas, para onde nos levarão as noções de
pureza, as noções de ir além ou de transcender nosso corpo, nossos desejos
mundanos, nossas impurezas?? Levam-nos realmente à liberdade ou apenas fortalecem
a aversão, o medo e a limitação?
Onde será encontrada a libertação? Buda ensinou que tanto
o sofrimento humano quanto a iluminação humana são encontrados na sondagem do
nosso próprio corpo, com seus sentidos, com sua mente. Se não for aqui e agora,
onde mais nós a encontraremos?
Um Caminho com o Coração
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