14 de jul. de 2015

A Arte de Dar Nome ao que Sente. Auto Compreensão para a Auto Responsabilidade!!

A Arte de Dar Nome ao que Sente, auto responsabilidade (responder com habilidade), enfrentar as forças que o impedem de viver de um modo amoroso e plenamente consciente. Como por exemplo a Raiva!!
Nas culturas da antiguidade, os xamãs aprendiam que dar um nome à coisa que temiam era uma maneira bastante prática de começar a ter poder sobre ela.
Temos palavras e rituais para muitos dos nossos grandes eventos exteriores: nascimento e morte, guerra e paz, casamento, aventura, doença. Mas, com freqüência, ignoramos o nome das forças interiores que se movem de maneira tão poderosa através do nosso coração e da nossa vida.
Reconhecer essas forças e dar-lhes um nome é um caminho correto e específico para trabalharmos com elas e desenvolver a compreensão. De início, podemos reconhecer e dar nomes a muitos belos estados que dão graça à nossa vida: alegria, bem estar, paz, amor, entusiasmo, bondade. Esse é um caminho para honrar e alimentar esses estados. Do mesmo modo, dar nome às dificuldades que encontramos na vida proporciona-nos clareza e compreensão e pode desvendar e liberar a valiosa energia ligada a elas.
Quer se trate de dificuldades ou de prazeres, dar um nome à nossa experiência é o primeiro passo para conduzi-la ao plano da atenção consciente desperta. À medida que sentimos claramente e que damos um nome à nossa experiência, conseguimos perceber o que ela traz consigo e como podemos responder a ela com mais plenitude e habilidade.
Como disse William Blake: "Quem atravessa as portas dos céus não são os seres desprovidos de paixão ou os que controlam suas paixões, mas sim, aqueles que cultivam uma compreensão das paixões".
Por exemplo a Raiva:
A raiva tem um lado tenso e corrosivo do qual não conseguimos escapar, é uma força que afasta, condena, julga ou odeia algumas experiências da nossa vida. Ela tem muitas faces e disfarces e pode ser encontrado sob formas tais como medo, tédio, má vontade, julgamento e censura.
A raiva é uma força extremamente poderosa, com a maior facilidade deixamo-nos aprisionar por ela ou, então, sentimos tanto medo dela que de mil maneiras inconscientes, manifestamos a sua capacidade de destruição. Uma triste verdade é que pouquíssimos de nós aprendemos a lidar com a raiva de um modo direto. Sua força pode crescer, passando da simples contrariedade ao medo profundo, ao ódio e à fúria. Ela pode ser experimentada em relação à alguém ou algo que esteja presente, junto a nós, agora, ou que esteja distante no tempo ou no espaço. Às vezes sentimos profunda raiva por fatos passados que há muito se concluíram e a respeito dos quais nada podemos fazer. Também é possível que fiquemos furiosos com alguma coisa que não aconteceu, mas que apenas imaginamos que talvez possa acontecer. Quando sua presença é forte na nossa mente, a raiva matiza toda a nossa experiência de vida. Quando nosso mau humor independe de quem entra na sala ou do lugar onde precisamos ir, então, algo está errado conosco. A raiva pode ser uma fonte de imenso sofrimento, tanto na nossa mente quanto no nosso relacionamento com os outros, e no mundo em geral.
Dar nome à Raiva
Tudo pode ser compreendido  quando começamos a dar nome aos aspectos da raiva, à medida que ela aflora. Podemos sentir, pro experiência própria, como o medo, o julgamento e o tédio são formas de aversão, a algum aspecto da nossa experiência. Dar um nome às formas da raiva oferece-nos uma oportunidade de encontrar a liberdade em meio a essas formas.
Muitos de nós formos condicionados a odiar a nossa própria raiva. Quando tentamos observá-la, encontramos tendência a julgá-la e a reprimi-la, a nos livrar dela, pois ela é "má" e dolorosa, é vergonhosa e "não espiritual". Precisamos ser muito cuidadosos ao abrir a mente e o coração à nossa prática, deixando-nos sentir a nós mesmos plenamente, ainda que isso signifique atingir o poço mais profundo da mágoa, da tristeza e da raiva dentro de nós. Essas forças movem a nossa vida e precisamos senti-las para poder chegar a um acordo com elas.
Quando os demônios tiram a máscara, você talvez sinta que está enlouquecendo ou fazendo algo errado, mas na verdade, você finalmente começou a enfrentar as forças que o impediam de viver de um modo amoroso e plenamente consciente.

Um Caminho com o Coração


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