14 de nov. de 2015

Um Curso em Milagres

Um Curso em Milagres
Ninguém merece perder. E o que seria injusto para qualquer um não pode ocorrer. A cura tem que ser para todos, porque ninguém merece nenhuma espécie de ataque. Que ordem pode existir nos milagres, a não ser que alguém mereça sofrer mais e outro menos? E isso é justiça para com os totalmente inocentes? Um milagre é justiça. Não é uma dádiva especial para alguns, a ser recusada para outros por serem considerados menos dignos, mais condenados e, portanto, à parte da cura. Quem pode ser separado da salvação, se o seu propósito é o fim do especialismo? Onde está a justiça da salvação, se o seu propósito é o fim do especialismo? Onde está a justiça da salvação se alguns erros são imperdoáveis e dão direito à vingança em lugar da cura e do retorno da paz?
A salvação não pode buscar ajudar o Filho de Deus a ser mais injusto do que ele buscou ser. Se os milagres, que são a dádiva do Espírito Santo, fossem mantidos à parte de outros menos merecedores, nesse caso, Ele seria um aliado do especialismo. O que o Espírito Santo não pode perceber, ele não testemunha. E todos têm o mesmo direito à Sua dádiva de cura, libertação e paz. Dar um problema ao espírito Santo para que ele o solucione para ti, significa que tu queres que eles seja solucionado. Mantê-lo para ti mesmo para que o resolvas sem a Sua ajuda é decidir que o problema deve continuar sem solução, não-resolvido, perdurando em seu poder de injustiça e ataque. Ninguém pode ser injusto contigo a não ser que, em primeiro lugar, tenhas te decidido a ser injusto. E então é preciso que surjam problemas para impedir o teu caminho e a paz tem que ser dispersada pelos ventos do ódio.
A não ser que penses que todos os teus irmãos, assim como tu, têm o mesmo direito aos milagres, não reivindicarás teu direito a eles porque foste injusto para com alguém com direitos iguais. Buscar negar e te sentirás negado. Busca privar e terás sido privado. Um milagre nunca pode ser percebido porque um outro não pode recebê-lo. Só o perdão oferece milagres. E o perdão tem que ser justo para com todos.
Os pequenos problemas que guardas e escondes vêm a ser teus pecados secretos, porque não escolheste deixar que eles fossem removidos para ti.
Assim eles ajuntam pó e crescem até que cubram todas as coisas que percebes e não te deixam ser justo para com ninguém. Não podes acreditar que tenhas qualquer direito. E a amargura, com a vingança justificada e a misericórdia perdida, te condena como indigno do perdão. Os não-perdoados não têm misericórdia para conceder uns aos outros. É por isso que a tua responsabilidade tem que ser receber o perdão para ti mesmo.
O milagre que recebes, tu dás. Cada um vem a ser uma ilustração da lei na qual a salvação se baseia: que a justiça tem que ser feita para todos, se é que se quer que alguém se salve. Ninguém pode perder e todos têm que se beneficiar. Cada milagre é um exemplo do que a justiça pode realizar quando é oferecida a todos de modo igual. Ela é recebida e dada igualmente. É a consciência de que dar e receber são a mesma coisa. Porque ela não faz com que o mesmo não seja igual, não vê diferenças onde elas não existem. E assim é a mesma para todos, porque não vê diferenças entre eles. Seu oferecimento é Universal.


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