28 de jan. de 2021

Abuso Sexual (Por John Bradshaw)

No caso de abuso sexual, a criança é usada, para satisfazer o prazer sexual do adulto. Com isso, ela aprende que o único meio de ser importante é fazer sexo com um adulto. A consequência dessa violentação é que a criança cresce pensando que precisa ser perfeita no desempenho sexual ou ser sexualmente atraente para merecer o amor verdadeiro de alguém.

Há várias formas de abuso sexual. As formas não físicas são as menos compreendidas e podem ser as mais prejudiciais.

Para compreender o abuso sexual não físico, ou emocional, é preciso entender que a família é um sistema social com leis próprias. As leis mais importantes do sistema familiar são:

1) O sistema todo reflete todos, de forma que a família  só pode ser definida pelos relacionamento entre os membros, não pela soma das partes.

2) O sistema todo opera sob o principio de equilíbrio, de maneira que, se um membro se desequilibra, outro compensa essa alteração. Por exemplo, o pai bêbado ou irresponsável pode ser compensado pela mãe abstênia e super  responsável.  A esposa raivosa e histérica pode ser compensada por um marido de temperamento calmo, maneiroso, de fala mansa.

3) Todo o sistema é governado por leis. Nos sistemas saudáveis, as leis são abertas e negociáveis. Nos sistemas não saudáveis, são rígidas e inflexíveis.

4) Os membros do sistema  desempenham papéis para manter o equilíbrio. Nas famílias saudáveis, os papeis são flexíveis e compartilhados; nos sistemas não saudáveis, são rígidos e imutáveis.

O sistema familiar tem também componentes, sendo o principal o casamento. Quando há uma disfunção de intimidade no casamento, o principio de equilíbrio e de compensação do sistema assume o comando. A família precisa de um casamento saudável para ter um equilíbrio. Quando não há equilíbrio, a energia dinâmica do sistema leva os filhos a criarem uma forma de equilíbrio. Se o papai não está satisfeito com mamãe, ele pode procurar na filha a satisfação para suas carências emocionais. A filha pode se tornar a bonequinha do papai ou sua princesinha.

O filho pode se tornar o homenzinho da mãe ou seu homem mais importante, para substituir o pai. O filho pode ser a esposa emocional do pai. Em todos os casos, instala-se uma ligação vertical ou transgeracional. Os filhos estão alí para tomar conta do casamento dos pais e são usados para amenizar a solidão deles. Muitas vezes, o pai ou a mãe, fecha-se sexualmente, mas suas necessidades sexuais continuam presentes. O filho ou a filha pode ficar constrangido/a com os beijos e as carícias estranhas do pai ou da mãe.

Tradicionalmente, sempre que um filho ou uma filha é mais importante para o pai ou para a mãe do que o esposo ou a esposa, existe o potencial para abuso sexual emocional.

Isso constitui abuso porque o pai ou a mãe está usando o filho ou a filha para suprir suas próprias necessidades.

Esse comportamento inverte a ordem da natureza. Os pais devem dar aos filhos tempo, atenção e orientação, não usá-los para satisfazer as próprias carências.

Uso é abuso.

A violentação sexual constitui um ferimento espiritual mais profundo do que outra qualquer forma de violação.

Recentemente, começamos a compreender a violentação sexual sob novos  aspectos.

As histórias de horror sobre a penetração física são apenas a ponta do iceberg.

Sabemos hoje muito mais sobre o impacto do voyeurismo e do exibicionismo dentro da família. O fator principal nesses casos parece ser o estado de espírito dos pais – isto é, se eles se excitam com a própria nudez ou se excitam olhando para os corpos dos filhos.

Grande parte de casos de violentação nas famílias são provocados por infração das leis.

O filho ou a filha pode não ter um lugar para sua privacidade e segurança. Talvez os pais entrem no banheiro sem avisar quando ele ou ela o está usando. Talvez eles o/a interroguem sobre os detalhes da sua vida sexual. Crianças mais novas podem ser obrigadas a curvar o corpo para enemas desnecessários.

O abuso sexual pode ser provocado também falta dos devidos limites sexuais entre pais e filhos. Isso se caracteriza, quase sempre, por observações e conversas.

Minha cliente Shirley ficava perturbada na presença do pai. Ele dava palmadas nas nádegas dela e falava sobre seu “traseiro sexy”, dizendo que gostaria de ter idade certa para “ter um pouco dela”. Shirley ficava perturbada com essas observações. Mais tarde, ela procurava homens mais velhos que se excitavam com seu traseiro.

A mãe de Lolita comentava sua vida sexual com ela, dizendo que o pai era péssimo na cama e que tinha um pênis muito pequeno. Fazendo dela uma “colega de colégio” estava violando os limites e privacidade da filha. Lolita estava tão integrada com a vida da mãe que não tinha identidade sexual própria. Teve vários casos com homens casados, mas no fim sempre se recusava a fazer sexo e os abandonava. Contou que, para conseguir um orgasmo, tinha de imaginar que era a mãe.

Outra forma de abuso sexual é a falta de informação sobre sexo. Os pais de June nunca a informaram sobre esse assunto. Quando ela começou a menstruar, ficou apavorada, certa de que estava gravemente doente.

A violentação sexual pode ser feita também por irmãos mais velhos. De um modo geral, acontece entre irmãos com dois anos de diferença de idade. As crianças da mesma idade interessam-se, ás vezes, por explorações nessa área, mas é quase sempre parte normal do desenvolvimento. Entretanto, se a criança age com outra da sua idade de uma maneira acima do nível normal de compreensão, pode-se considerar isso como sintoma de que o agressor foi violentado e está violentando sexualmente outra criança.

Vejamos o caso de Sammy, que foi “violentado” várias vezes por seu melhor amigo, da mesma idade, quando ambos tinham seis anos e meio. O amigo fora violentado analmente por um tio e repetia a violência com Sammy.

As crianças acreditam nos pais e na sua fantasia criam elos para manter essa crença. Eu me iludi e neguei a verdade a mim mesmo até o amargo fim – acreditando que meu pai alcoólatra me amava de verdade. Na criança da minha fantasia, ele pensava muito em mim, mas era tão doente que não tinha tempo para me amar. Ninguém gosta de ser usado. Quando um adulto  percebe que está sendo usado, fica furioso. As crianças não podem saber quando estão sendo usadas. Mas a criança que permanece no adulto, leva com ela esse ferimento. Uma criança violentada sexualmente sente que não pode ser amada do modo que ela é e sua reação pode ser a de rejeitar completamente o sexo ou tornar-se supersexuada para sentir que é digna de ser notada e amada.

 


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