11 de nov. de 2021

A LIBERDADE DO PERDÃO

O perdão, quando concedido entre os homens, vem quase sempre acompanhado pelo silvo do chicote; poucas vezes, encontra a suave música da compreensão. 

E, quando assim acontece, os erros são guardados na memória do ofendido, como uma dívida que jamais será saldada, porque reside no passado e será cobrada no futuro. Ao ofensor, cabe apenas pagar os juros da reiterada humilhação. 

Em si mesmo, este perdão é uma mentira; e, como todas as mentiras, não resiste à luz da verdade. Porque não é um perdão, mas apenas a aceitação de um fato; e aquele que o concede é como o credor que não esquece o débito, mas antegoza a eterna cobrança dos juros que julga devidos. 

Este não é o perdão que se mostra, mas a vingança que se oculta. E não é o Amor que o concede, mas o ódio que finge concedê-lo. Nele não está a compreensão que liberta, mas a revolta que escraviza. 

O verdadeiro Perdão traz consigo o esquecimento. É como uma fonte de águas límpidas, a lavar de um coração a amargura do rancor e de outro o sofrimento do remorso; e, ao fazê-lo, constrói entre esses corações uma sólida ponte, que os ventos do destino jamais conseguirão lançar por terra.

 

O falso perdão, entretanto, é como um lodaçal coberto por uma vegetação traiçoeira, que ao menor sopro de vento exibe a sua verdadeira face. E, ao submergir a ambos, ofensor e ofendido, em suas fétidas águas, impede que os seus corações se possam encontrar na mansão da Companhia. 

Melhor seria que não fosse concedido! O amor pode vencer o ódio, mas não consegue conviver com a mágoa. Porque o ódio é como o fogo, que a tudo queima nas suas efêmeras labaredas; mas a mágoa é o veneno insidioso, que traz um pouco da morte a cada dia. 

Aquele que abriga as lembranças ruins do passado, conserva em seu coração a mágoa que poderia ter superado. E quem pode construir a felicidade de amanhã, convivendo com o sofrimento de ontem? O Amor não pode reluzir em nossos olhos, se a mágoa enevoa os nossos corações. 

É com a alma, e não com a mente, que cada homem deve conceder o seu perdão; não para atender às necessidades do momento, mas sim para que o ressentimento seja expulso do seu coração. Só assim poderá deixá-lo limpo, para que nele o Amor se possa novamente abrigar. 

Necessitamos do perdão, para conviver neste mundo. Porque ninguém pode ser perfeito, se caminha sobre a terra, e assim o erro é natural no homem; é através do erro, que descobrimos o acerto. Como é através da tristeza, que descobrimos o valor da felicidade. 

Precisamos aprender a perdoar, porque todos necessitamos ser perdoados. E como alguém poderá confiar no perdão de outrem, se não consegue acreditar no seu próprio perdão? 

Cada erro é uma experiência a mais; e no arrependimento está o seu próprio castigo, que na verdade é apenas uma forma de acelerar o aprendizado. Mas é dentro de cada homem que deve nascer o arrependimento, pois dos castigos por outrem infligidos apenas pode brotar a revolta. 

Precisamos aprender a perdoar. 

Para que possamos libertar a nós mesmos! 

postado por O Árabe

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