18 de mai. de 2015

Compaixão

Compaixão
A compreensão da nossa história inicial pode nos ajudar a distinguir entre sabedoria e dependência. Podemos refletir sobre como nossas necessidades foram atendidas na nossa família, como foram estabelecidos os limites, como a insegurança era tratada. Até que nos conscientizemos dos padrões da nossa família, iremos repeti-los na nossa vida, inclusive espiritual. Uma honesta narração da história da nossa família pode ser um processo eficaz para distinguir saúde e dependência, respeito e medo, e encontrar uma compaixão sábia e verdadeira.
O espaço para a compaixão é estabelecido primeiramente com a prática da sensibilidade em relação a nós mesmos. A verdadeira compaixão surge de um saudável senso do "eu" e da consciência de quem somos, com pleno respeito pelas nossas capacidades, medos, sentimentos e integridade, bem como pelos outros. Essa compaixão nunca é baseada no medo ou na piedade; é uma profunda resposta do coração, baseada na dignidade, na integridade e no bem estar de todas as criaturas. è uma resposta espontânea ao sofrimento e à dor que encontramos. É nosso sentimento de ressonância mútua e de conexão natural diante da experiência natural da perda e da dor. à medida que o nosso coração se abre é curado, ele busca naturalmente  a cura de tudo aquilo que toca. A compaixão por nós mesmos faz surgir a possibilidade de transformar ressentimento em perdão, ódio em amizade, medo em respeito por todos os seres. permite-nos irradiar calor, sensibilidade e receptividade, de maneira verdadeira e genuína, aos sofrimentos ao nosso redor.

A compaixão, às vezes, pode fazer surgir a ação, outras vezes não. Ela não tem a finalidade de resolver problemas. Ainda assim, da compaixão flui a ação, sempre que a ação precisa ser levada a cabo. A verdadeira compaixão surge da percepção de que o coração tem a corajosa capacidade de envolver todas as coisas, de tocar as coisas, de se relacionar com todas as coisas.
Um Caminho com o Coração


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