30 de abr. de 2020

RECONHECENDO NOSSOS FILHOS (parte 4)


Nós somos seres humanos. O que isso significa?
O domínio da vida não é uma questão de controle, e sim de encontrar um equilíbrio entre o humano e o Ser.
Mãe, pai, marido, esposa, jovem, velho, os papéis que interpretamos, as funções que desempenhamos, o que quer que façamos - tudo isso pertence à dimensão humana, tem sua importância e precisa ser respeitado.
 No entanto, em si mesmas, essas coisas não são suficientes para nos proporcionar uma vida plena nem relacionamentos significativos.
O humano apenas nunca é o bastante, não importa quanto nos esforcemos nem o que sejamos capazes de conquistar.
Porém, há também o Ser.
Ele se encontra na presença calma, alerta da Consciência em si, a Consciência que nós somos. O humano é forma.
O Ser é sem forma.
O humano e o Ser não estão separados, mas interligados.
Na dimensão humana, somos, sem dúvida, superiores aos nossos filhos.
Somos maiores, mais fortes, sabemos mais e conseguimos fazer mais.
Se essa dimensão for tudo o que conhecemos, então nos veremos acima deles, ainda que de modo inconsciente.
E faremos com que se sintam inferiores, ainda que de modo inconsciente também.
Não existe igualdade entre nós e eles porque só existe forma nesse relacionamento - e na forma, é claro, não somos semelhantes.
Podemos amá-los, contudo nosso amor é apenas humano, isto é, condicional, possessivo, intermitente.
Apenas além da forma, no Ser, nós somos iguais.
E somente quando encontramos a dimensão sem forma em nós mesmos é possível haver amor verdadeiro nessa relação.
A presença que nós somos, o "eu sou" eterno, reconhece a si mesma em outro indivíduo, e este - neste caso, o filho - se sente amado, ou seja, reconhecido.
Amar é reconhecermos a nós mesmos no outro.
A alteridade então se revela uma ilusão que pertence ao reino puramente humano, o reino da forma.
O anseio por amor que existe em toda criança é o anseio por ser reconhecida não no nível da forma, mas no plano do Ser.
Quando os pais distinguem apenas a dimensão humana das crianças e negligenciam o Ser, elas sentem que o relacionamento é insatisfatório, que algo essencial está faltando.
Assim, poderão acumular dor e, algumas vezes, até um ressentimento inconsciente em relação aos pais. "Por que vocês não me reconhecem?"
Isso é o que a dor e o ressentimento parecem dizer. Sempre que alguém nos reconhece, isso traz a dimensão do Ser mais plenamente para o mundo por meio de nós dois.
Esse é o amor que redime o mundo.
Tenho falado sobre isso de modo mais específico no que se refere aos filhos, porém essa é uma questão que se aplica a todos os relacionamentos.
Diz-se que "Deus é amor", no entanto isso não está certo.
Deus é a Vida Única que está nas incontáveis formas de vida e além delas.
O amor implica dualidade: quem ama e quem é amado, sujeito e objeto.
Portanto, ele é o reconhecimento da unicidade no mundo da dualidade.
Isso é o nascimento de Deus no mundo da forma.
O amor torna o mundo menos "terreno", menos denso, mais transparente para a dimensão divina, a própria luz da consciência.
Eckhart Tolle


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