18 de abr. de 2020

Troca das peles do coração - Jack Kornfield


No empenho para deixar o corpo mais solto e mais aberto, nos deparamos inevitavelmente com a necessidade de abrir e curar o coração.

As escamas  do coração aparecem  primeiro  em forma de energias inconscientes que provocam  contração.

Os sufis as chamam de “Nafs”,  os budistas e hinduístas falam de obstáculos ao coração puro, os cristãos lutam com os 7 pecados mortais como luxuria e orgulho.

Em todas as jornadas espirituais temos que enfrentar diretamente as energias presentes na avidez, na raiva, no orgulho, no medo, na inquietação e na dúvida – nos hábitos  que fecham o coração.

Inicialmente, podemos descobrir como o coração se fecha, quando sucumbimos ao poder da nossa própria avidez. 
A mente carente ou a miséria em nós querem mais do que temos agora.
E tentamos usar a experiência externa para suprir a necessidade espiritual .
Depois de 30 anos de prática, uma professora recorda:

“Meus pais eram do tipo espiritualistas, mas nos anos sessenta voltei minha energia para o impulso sexual e para o rock and roll. Eu não queria me aproximar de Deus, sem passar pelos degraus de baixo. Durante anos vi os homens e a sexualidade como o caminho para a felicidade. Eu me tornei  uma atriz de sucesso razoável. Finalmente, tive a minha dose de sexo e percebi que essa não era a resposta. Eu ainda queria alguma coisa. Minha mãe sempre me convidava para ir a um retiro de Yoga, mas eu nunca quis ir porque tinha medo que ela prejudicasse meu estilo sexual. Um dia eu fui, e foi exatamente isso que tive que resolver. Eu tive que enfrentar a carência que me impulsionava. Foi esse meu primeiro passo na yoga e na meditação.”

Para se soltar as peles de dragão da avidez e da carência, temos antes que saber como elas se prendem ao corpo e as histórias que contam na mente.  Temos que localizar e dar nomes a nossos anseios.  E temos que descobrir que é possível libertar o coração de seu domínio.

No polo oposto ao desejo e à mente  carente descobrimos a couraça escameada que afasta o mundo: a raiva e o julgamento que rejeitam as coisas como elas são.

Em Geral, quem começa a praticar uma disciplina qualquer, fica chocado pelo tanto de preconceito,  aversão e ódio que descobre em si mesmo.  Sempre que brigamos com o mundo à nossa volta e o culpamos;  rejeitamos,  excluímos partes de nós mesmos.

Aleksander Solszhenitsyn, cujos livros sobre a Rússia Estalinista nos despertaram para o sofrimento de milhões de pessoas,  escreve:

“Se ao menos lá houvesse pessoas más praticando insidiosamente o mal, bastaria separá-las das outras e destruí-las. Mas a linha que divide o bem do mal passa pelo coração de todo ser humano e quem, entre nós, está disposto a destruir uma parte do próprio coração?”
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